segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Principais Fabulistas e suas Fábulas







Fábulas de Esopo-La Fontaine-Fedro

Esopo
Esopo, como descrito na Crônica de Nuremberg de Hartmann Schedel. Aqui ele é mostrado usando roupa alemã do século XV
Esopo  foi um escritor da Grécia Antiga a quem são atribuídas várias fábulas populares. A ele se atribui a paternidade da fábula como gênero literário.
Malgrado sua existência permaneça em dada medida incerta e pouco se saiba quanto à origem de várias de suas obras, seus contos se disseminaram em muitas línguas pela tradição oral.
As fábulas de Esopo são uma coleção de fábulas creditadas a Esopo (620—560 a.C.), um escravo e contador de histórias que viveu na Grécia Antiga. As fábulas de Esopo tornaram-se um termo branco para coleções de fábulas brandas, usualmente envolvendo animais personificados.
As fábulas remontam uma chance popular pra educação moral de crianças hoje. Há muitas histórias incluídas nas fábulas de Esopo, tão como A raposa e as uvas (de que a expressão idiomática "uvas verdes" foi derivada), A Cigarra e a Formiga, A tartaruga e a lebre, O vento norte e o sol e O menino que gritava lobo, O Lobo e o Cordeiro são bem conhecidas pelo mundo afora.
Assim, podemos dizer que em toda parte, a fábula é um conto de moralidade popular, uma lição de inteligência, de justiça, de sagacidade, trazida até nós pelos nossos Esopos.
As fábulas de Esopo serviram como base para recriações de outros escritores ao longo dos séculos, como Fedro e La Fontaine.


Jean de La Fontaine
Em 1668 foram publicadas as primeiras fábulas, num volume intitulado "Fábulas Escolhidas". O livro era uma coletânea de 124 fábulas, dividida em seis partes. La Fontaine dedicou este livro ao filho do rei Luís 14. As fábulas continham histórias de animais, magistralmente contadas, contendo um fundo moral. Escritas em linguagem simples e atraente, as fábulas de La Fontaine conquistaram imediatamente seus leitores.
Em 1683 La Fontaine tornou-se membro da Academia Francesa, a cujas sessões passou a comparecer com assiduidade. Na famosa "Querela dos antigos e dos modernos", tomou partido dos poetas antigos.
Várias novas edições das "Fábulas" foram publicadas em vida do autor. A cada nova edição, novas narrativas foram acrescentadas. Em 1692, La Fontaine, já doente, converteu-se ao catolicismo. A última edição de suas fábulas foi publicada em 1693.
A sua grande obra, “Fábulas”, escrita em três partes, no período de 1668 a 1694, seguiu o estilo do autor grego Esopo, o qual falava da vaidade, estupidez e agressividade humanas através de animais.
La Fontaine é considerado o pai da fábula moderna. Sobre a natureza da fábula declarou: “É uma pintura em que podemos encontrar nosso próprio retrato”.
Algumas fábulas escritas e reescritas por ele são A Lebre e a Tartaruga, O Homem, O Menino e a Mula, O Leão e o Rato, e O Carvalho e o Caniço.

Fedro
Fedro foi um fabulista romano (século I d. C.)1 nascido na Macedônia, Grécia. Filho de escravos, foi alforriado pelo imperador romano Augusto1 . Seu nome completo era Caio Júlio Fedro
A fábula, por ser uma pequena narrativa, serve para ilustrar algum vício ou alguma virtude e termina, invariavelmente, com uma lição de moral. A grande maioria das fábulas retratam personagens como animais ou criaturas imaginárias (criaturas fabulosas), que representam de forma alegórica os traços de caráter (negativos e positivos), de seres humanos.
Coube a Fedro, quando iniciou-se na literatura, enriquecer estilisticamente muitas fábulas de Esopo, a quem se referia como criador do gênero da fábula1 . Todas essas fábulas não estavam escritas, mas transmitidas oralmente, com o objetivo de o ensino, a fixação e a memorização dos valores morais do grupo social.
Deste modo, Fedro, como introdutor da fábula na literatura latina, redigia suas fábulas, normalmente sérias ou satíricas, tratando das injustiças, dos males sociais e políticos, expressando as atitudes dos fortes e oprimidos, mas ocasionalmente breves e divertidas, explicando-nos, todavia, porque teve tanto sucesso, séculos depois, pela sua simplicidade, na Idade Média.
Fabulista da época dos imperadores Tibério e Calígula, no primeiro século da era cristã, e seguidor de Esopo, Fedro fez a sátira dos costumes e das personagens de sua época. Por isso, com o grande incômodo que causaram as suas críticas, acabou sendo exilado. Nesta época, com a morte de Augusto, em 14 d.C., e a ascensão de Tibério, a monarquia tornou-se um verdadeiro despotismo, sufocando toda a aspiração de literatura e de independência. Publicou cinco livros de fábulas esópicas, com prováveis alusões aos acontecimentos de sua vida.
A antiga sociedade romana estava dividida praticamente em três classes: patrícios, plebeus e, a classe da qual Fedro deve sua origem, os escravos, que compreendia a população recrutada entre os derrotados de guerra, considerados instrumentos de trabalho, sem nenhum direito político.
Na fábula "O lobo e o cordeiro", Fedro parece ter se baseado nesses acontecimentos de sua época para, ao final, como lição de moral dizer que "esta fábula foi escrita por causa daqueles homens que oprimem os inocentes com pretextos falsos".




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